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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Suficiente


 
Suficiente
Quando se ama, não devemos amar muito e não devemos amar pouco, temos que amar o suficiente.

O suficiente para se estar juntos em uma tarde no café, o suficiente para aceitarmos o outro do jeito que ele é, o suficiente para nos sentirmos felizes em um simples passeio em uma livraria, ou, em um lanche no boteco da esquina.

O suficiente para perdermos o medo de montanha russa só pra ver o sorriso do outro se abrir e ouvi-lo agradecer por terem dividido aquela emoção juntos.

Quando se ama, um passeio na beira da praia só pra molhar os pés e conversar sobre fotografia e ver as paisagens já é o suficiente.

Basta um simples passeio de bike no calçadão pra perceber o quanto é bom dividir momentos simples com aquela pessoa que conquistou seu coração.

É suficiente degustar uma garrafa de um bom vinho mesmo que seja em um copo de vidro americano, pois, o melhor do vinho está na uva e não, na taça. É a qualidade da uva que torna um vinho bom e não, a garrafa!

Não se pode amar muito nem pouco, o amor deve ser suficiente e na medida certa de carinho, de sentimento, de companheirismo, de paixão, compreensão e sem exageros.

O amor é como o vinho, a qualidade está na essência da uva, na quantidade certa de álcool e não, na beleza da garrafa.

Você deve amar alguém pela essência que ele trás na alma e não, pelo seu corpo físico.

Ame o suficiente, que quando for verdadeiro será tão imenso que não caberá em seu coração.


Por Alexandra Collazo

14/12/2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Retiro!


 
Retiro
O tempo do meu retiro acabou!

Já refleti, já pensei, já decidi o que deveria ter sido decido, e o que não consegui decidir, é porque não era o momento.

Alguns perdoei, outros, nem tanto. Fui perdoada e nem tanto... Assim é avida...

Determinados erros ficarão no passado, algumas cicatrizes não irão cicatrizar, outras, porém, nem me lembro, não deixaram nem sequer, marcas!

Descobri que, minha essência sempre será a mesma. O que muda então? Mudam algumas atitudes que chegaram com a maturidade dos 30.

Agora chegou o tempo de me dar novas oportunidades, deixar o destino agir sem ter medo do novo, do que poderá vir.

Chegou a hora de organizar aquela viagem tão esperada e sonhada, mesmo sabendo que não será fácil andar por aquelas ruas...

É tempo de conhecer novas pessoas, novos rostos, novos lugares e novos ares. Tempo de relaxar, sair para ver o sol e sentir a chuva molhar.

Chegou a hora de conhecer coisas novas, para quem só bebe vinho, talvez uma cerveja caia bem, para quem só ouve jazz, quem sabe muito de vez em quando, um bom samba de raiz me faça sorrir...

O que ficou para trás ficou, o que se viveu, se viveu e nada no tempo se perdeu. Nada voltará, isso não se pode mudar!

Aqueles que eram tão amados e que partiram, deixaram um legado que tenho que seguir. A saudade sempre existirá...

Depois de tanto pensar nesse tempo todo que preferi do mundo me afastar, percebi que a solidão é essencial, mas, aprendi também, que como tudo na vida, a solidão tem dois lados.

É tempo de deixar as pessoas me verem, saber que eu existo. Sair do meu mundo e começar a planejar tudo que um dia foi planejado e interrompido pelo destino.

O amor!

Há o amor! Parte tão difícil desse meu tempo comigo mesma!!!!

Mas, chegou o momento de tentar abrir meu coração para deixar o amor chegar, sem traumas, sem receio e sem medo.

Um amor apenas para dividir sentimentos, porque eu também mereço!

Novos poemas virão, novas lágrimas, novas conquistas, novas decepções e novas alegrias estão por vir.

Tudo será bem vindo, principalmente os novos desafios e decepções, pois a cada vitória, um novo aprendizado e um novo recomeço.

Até o dia de um outro tempo de retiro.

Por Alexandra Collazo

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ano novo cor de rosa!



Ano novo cor de rosa!
Na passagem do ano de 2014 eu resolvi usar um vestido cor de rosa, pois, a minha meta era o amor, afinal de contas, dentro de 05 dias depois da virada eu iria completar 31 anos e estava sozinha já há algum tempo.

Não que a virada de 2014 tenha sido ótima. Fui pra praia com pessoas que eu nunca tinha visto na vida, creio que este episódio tenha sido o único desde que eu me conheço por gente, pois, eu só consigo me sentir confortável na presença de amigos íntimos. Também não foi de todo ruim, apenas desconfortável por estar fora do meu habitat normal.

Entrei 2014 na certeza de que seria o ano que eu iria encontrar um amor, aquela pessoa que faria meu mundo parar, que daria outro sentido para minha vida. Que fizesse meu coração acelerar e me trouxesse toda aquela magia da paixão e do amor que há anos eu não sentia.

Essa era a minha meta! Eu tinha fé de que o meu vestidinho rosa iria me trazer sorte!

Naquela época, eu já estava farta de relacionamentos incertos, passageiros e que não davam em nada! O que eu queria mesmo era alguém para dar certo, para durar, para fazer planos, para dividir a vida!

Os meses foram passando e todas as pessoas que entravam na minha vida eu fui descartando, um por um, porque eu queria o melhor, eu queria o certo!

De repente eu estava com 31 anos nas costas e nem um amor eu tinha, mas, fui cautelosa e resolvi deixar o tempo agir, sempre ansiosa claro, e a cada mês que se acabava e outro se iniciava eu pensava: Ai meu Deus, nada de um amor!!!  Vou morrer sozinha, vou ficar para titia... Sim, sou exagerada mesmo!

Eis que o mês de Novembro chegou!

Novembro sempre foi um mês de sorte pra mim, é o meu mês preferido do ano porque sempre me trás coisas boas e, realmente me trouxe.

Meu vestidinho rosa deu certo! Eu sabia que iria dar! Tudo bem que tive que esperar 11 longos meses.

Eu sempre fui uma pessoa supersticiosa. Não passo por baixo de escada, quando encontro um gato preto (adoro gatos, que fique bem claro aqui), faço o sinal da cruz, não dou perfume de presente para namorado e também, não recebo, todo ano eu como lentilha no ano novo, roupa e calcinha novas, enfim, entre tantas outras superstições que eu tenho.

Então, chegou o fim de 2014 e agora, eu já estou me preparando para entrar em 2015 com o pé direito.

Já escolhi a cor do meu vestido, pois, eu tenho outra meta pra 2015, já que eu já tenho o meu amor!

E você, conseguiu o que queria em 2014? A cor que você usou na passagem do ano te trouxe sorte? Você realizou os seus sonhos?

Espero que sim!

Mas, se a cor da sua roupa não te trouxe o que queria, se não conseguiu realizar alguns sonhos, desejos e vontades, seja perseverante em 2015, em 2016, 2017 e assim até que você consiga o que quer, o que deseja.

Se você não for uma pessoa supersticiosa assim como eu, apenas acredite que 2015 será o melhor ano da sua vida, porque será!

Agora, se você quer arrumar um amor, um conselho: Use um vestidinho cor de rosa!

FELIZ ANO NOVO SUPER ROSA,VERDE, AMARELO, AZUL, SUPER COLORIDO PARA TODOS!

Um beijo!

Alexandra Collazo.

02/12/2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Estar aqui! (Fui ao Rio de Janeiro espantar a solidão)




 
Estar aqui! (Fui ao Rio de Janeiro espantar a solidão)
Estar de volta neste lugar depois de tanto tempo, depois de tudo que aconteceu é voltar no tempo das lembranças e ver que o destino sabe o que faz!
Eu tinha quase certeza de que não voltaria aqui tão cedo, apesar de ser tão tarde...quase um ano!
Hoje, estar aqui sentada neste banco me trás novas sensações, novas emoções, uma paz diferente, uma tranquilidade na alma junto com a ansiedade do novo que me espera e não daquilo de sempre.
Hoje, nesta madrugada, as estrelas que verei da minha janela serão as mesmas de antes, mas, estarão em órbitas diferentes, terão o mesmo brilho, mas, estarão mais perto.
A parte da viagem que eu mais gosto é essa, de poder contemplar as estrelas.
As estrelas são tantas que por muitas vezes não se consegue ver a escuridão do céu.
Me lembro da primeira vez que fui ao Rio de Janeiro. Fiquei hospedada em Botafogo, e foi aí que me apaixonei pelo Rio, não sei explicar sua beleza delicada.
A baía de Botafogo é linda, é o meu refúgio, sempre! Me trás a paz que eu tanto busco e preciso.
Os barquinhos (como eu costumava dizer) ancorados na baía dão o charme ao local e me encantam a cada vez que eu volto, só que dessa vez, os barcos da baía serão os mesmos, mas, hoje estarão em outra direção.
O Jardim Botânico! Não tenho palavras para descrever sua beleza imperial. Suas orquídeas tão lindas e tão charmosas, também serão as mesmas, porém, mais coloridas.
O mar de Copacabana e Ipanema continuará lindo, mas, hoje acolherá apenas um!
Sem falar dos museus do Centro da Cidade! Como me agradam, sendo eu uma pessoa apaixonada por história.
O que dizer do pôr do sol do arpoador? Esse nunca mudará, irá trazer (para mim) a mesma beleza da solidão de sempre.
Hoje, volto ao Rio de Janeiro para espantar a solidão e renovar minha energia sentada na baía de Botafogo, me inspirando para compor meus versos e compor minha vida!
Por Alexandra Collazo.
Abril/2014

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Nem tudo que parece, é!


 
Nem tudo que parece, é!

Martha Medeiros sempre foi uma escritora que me emocionou muito com suas crônicas.
Ela acabou de lançar um combo com três livros: Liberdade crônica, Paixão crônica e, Felicidade crônica, que é o que eu estou lendo no momento.
Em um certo momento do livro, um título me chamou muito a atenção: Um poema filmado,  mas, por incrível que possa parecer, foi a crônica seguinte que me tocou muito: O isopor e a neve.
Nesta crônica, Martha relata um fato que ela presenciou em uma tarde de Novembro nas ruas de Porto Alegre, em um dia útil.
Martha descreve que estava parada no farol aguardando para atravessar a rua quando, um caminhão deixou cair em plena rua, um saco de isopor e, que conforme os carros passavam por cima daquele saco o isopor ia se desfazendo em películas e se movimentando para cima e para os lados bem devagar.
Relata ainda, que para ela, aqueles pequenos grãos brancos em movimento em plena rua, não eram isopor subindo e se desfazendo e sim, neve caindo, como se ela estivesse em pleno inverno da Europa, e menciona ainda, que naquele instante, pensou até em estar ouvindo música clássica.
Lembro-me claramente, como se fosse hoje, de um fato que ocorreu comigo que foi muito parecido.
Eu estava em uma cafeteria, em um sábado ensolarado aguardando dar o horário da minha aula e italiano, quando, de repente, eu vi nitidamente que na espuma do meu café com leite, havia se formado um coração. Imediatamente, eu fiz questão de registrar aquele momento único e logo depois, em menos de alguns minutos eu já havia feito um poema, pois, naquela tarde, aquele coração me inspirou.
Eu não sou uma pessoa virtual, não sou muito boa com redes sociais, e a única que eu ainda utilizo é o Facebook para divulgar o meu trabalho como escritora ainda amadora.
Quem me conhece sabe que não sou de postar fotos, sejam elas particulares ou qualquer outro tipo de foto, principalmente, as de comidas e etc. Mas, neste caso, como toda regra tem sua exceção, eu tirei uma foto daquele “coração” que havia se formado na minha xícara e postei com a seguinte legenda: Um coração se formou no meu café, que lindo!
Um dos comentários me chamou muito a atenção, dizia: “Que bom que tens olhos de poeta para enxergar o coração em todas as coisas”.
Ao ler a crônica de Martha Madeiros, me lembrei desse momento poético que tive naquela tarde ensolarada de sábado na cafeteria.
Será que a neve (que era isopor) que Martha Medeiros em um dia de verão de Porto Alegre viu, foi só ela que enxergou com seus olhos e alma de escritora?
Será que se eu tivesse mostrado para alguém o coração que havia se formado no  meu café, alguém também iria ver, ou, me chamariam de louca?
Fato é, que em nossa vida cotidiana, sempre iremos nos deparar com neves de isopor, que não são neves, com corações em xícaras de café que não são corações, com ovelhinhas que se formam nas nuvens que não são ovelhinhas, com o canto dos passarinhos que parecem uma sinfonia instrumental em meio ao caos. Mas, será que iremos reparar nesses pequenos detalhes?
Tudo depende do momento em que estamos vivendo, do que nos permitimos querer ver e ouvir.
Não precisa ter alma de escritor ou de poeta para enxergar a beleza que se forma nas coisas simples da vida, do cotidiano, basta abrirmos os olhos e os ouvidos, escutar e enxergar com a alma o que a vida tem de melhor e o que ela nos dá de presente: o momento e a beleza da vida!
Por Alexandra Collazo
23/11/2014

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Bienvenue dans ma réalité! (Bem vindo a minha realidade)

 
 
Bienvenue dans ma réalité!
(Bem vindo a minha realidade)
Outro dia me perguntaram: E como anda seu coração de poeta?
Neste instante eu fiquei sem palavras. Justo eu que sempre tenho resposta para tudo e todos e naquele momento eu realmente não tinha palavras para dizer.
Foi então que eu parei para pensar naquela pergunta e foi quando eu descobri que eu ainda tenho um coração que bate aqui dentro do peito.
Até aquele momento eu não havia percebido, e foi só depois daquela pergunta que me dei conta do que eu estava fazendo com os meus próprios sentimentos.
Sou uma mulher ativa, independente, cheia de sonhos a serem realizados. Sou uma mulher que luta pelo que quer e que corre atrás de todos os seus objetivos e consegue realiza-los um por um, não importa o tempo.
Sou uma mulher que ama a vida, que gosta de viajar, de sair por aí sem sentido, faço o que me dá na cabeça sem perguntar opinião. Essa sou eu, simples e complicada assim.
Sempre fui uma mulher apaixonada, sempre dei o devido valor pro meu coração e nunca fugi do amor, sempre dei as chances que ele merecia.
Acontece que, depois de um tempo sozinha e de alguns traumas que ainda me perseguem, eu acabei criando algumas barreiras pra não deixar ninguém chegar perto dele para que eu não tenha que costura-lo novamente e deixa-lo com mais uma cicatriz.
Chegou um momento na minha vida, que eu decidi deixa-lo quietinho para que eu não precisasse me preocupar com ele. Não que eu seja egoísta, mas assim, eu teria mais sossego e não teria que me preocupar em deixar o meu “quit costura coração” sempre por perto.
E assim eu fui vivendo, fui realizando meus sonhos, minhas vontades, meus desejos, correndo de um lado pro outro, me focando em meu trabalho, em minha carreira, nos meus estudos. Fui resolvendo meus problemas, sofrendo com as minhas dores sempre só.
Acabei que por instinto, fugindo do que poderia ser um lugar seguro, desperdiçando chances aqui, chances ali porque eu sabia que não iria dar certo, ou, porque eu esperava encontrar alguém tão perfeito que nenhum servia para mim.
Toda vez que um possível amor se aproximava, eu fugia, corria para dentro de mim mesma e dizia: Você vai passar por tudo novamente, melhor você ficar sozinha!
E eu sempre ouvia minha intuição.
Chances pro amor realmente não faltaram, mas, eu estava tão focada em outros objetivos que essa falta do amor era suprida por todos os meus outros desejos.
Não posso mentir, claro, que muitas vezes eu sentia uma carência que envolvia todo o meu ser (sou mulher, sou humana eu tenho sentimentos, pode parecer que não, mas tenho), mas, depois eu virava pro outro lado da cama, fechava meus olhos e dormia. No dia seguinte, diante do meu dia corrido, esquecia de tudo e me focava de novo no meu trabalho.
Eu não sou perfeita, minha vida não é perfeita, a vida de ninguém é perfeita (quase de ninguém)...
Eu não tenho muito dinheiro, eu vivo na simplicidade, não frequento os melhores restaurantes, os melhores shoppings e nem uso os melhores perfumes importados. Minhas roupas não são de marca, faço terapia (mas não sou louca), tenho meus traumas, meus medos  e tenho a vida mais maluca que alguém pode ter!
Diante de tudo que eu passei, da minha história e do meu passado, juntando as mágoas, as feridas, os traumas eu acabei deixando de lado o amor, deixei meu coração descansar por um tempo, como se eu tivesse feito um retiro com ele para que ele se curasse de tudo, mas, sinceramente, não funcionou.
Analisando melhor a pergunta que me fizeram, eu percebi que de uns anos pra cá, eu vivi para mim, para realizar os meus projetos de vida, para realizar os meus sonhos, para realizar os meus desejos, focada diretamente no meu trabalho e na minha carreira.
Consegui realizar sim alguns sonhos, mas, se for escrever um livro sobre essa etapa da minha vida, seria um livro de solidão, uma história de uma mulher que andou e percorreu todas as suas estradas e seus atalhos sozinha, sem nenhuma companhia, sem nenhuma emoção.
Se valeu à pena? Sim! Eu não me arrependo!
Se faria de novo? Não sei!
Deixei de lado o amor para seguir sozinha, dei pro meu coração o tempo que ele precisava.
Não que eu tenha desistido do amor, mas, eu quero encontrar alguém que realmente me faça bem, feliz, me faça sentir mulher novamente.
Quero alguém que não se importe se eu tenho ou não um carro, se eu uso ou não roupas caras, que não fique abismado porque eu nunca fiz uma viagem internacional aos 31 anos...
Quero alguém simples, que me entenda, que entenda a minha vida, que goste de mim e me admire por quem eu sou e não, por aquilo que eu não conquistei ainda aos 31 anos, nem todos tem a mesma oportunidade. Cada um de nós tem sua própria vida, sua própria história, o seu próprio destino. Uns nascem com dinheiro, com mais possibilidade de vida e outros, nascem para batalha, são guerreiros e não, reis.
Eu me enquadro no segundo “tipo”!
Quero alguém que entenda a minha vida e que me aceite como sou e com o que eu tenho materialmente, porque AMOR para distribuir dentro de mim não falta, e por mais que eu passe uma imagem de “super mulher”, na realidade, é só para me proteger do que pode me fazer mal.
Eu sou uma mulher sentimental, sensível, romântica.
Zaz, uma cantora francesa diz em sua música: Je Veux
Donnez moi une suite au Ritz, je n'en veux pas!
Me dê uma suíte no Ritz, eu não quero!
Des bijoux de chez CHANEL, je n'en veux pas!
Joias da Chanel, eu não quero!
Donnez moi une limousine, j'en ferais quoi?
Me dê uma limusine, o que é que eu faria?
Offrez moi du personnel, j'en ferais quoi?
Me dê empregados, o que é que eu faria?
Un manoir a Neufchâtel, ce n'est pas pour moi.
A mansão Neufchatel, isso não é para mim.
Offrez moi la Tour Eiffel, j'en ferais quoi?
Me dê a Torre Eiffel, o que é que eu faria?
Je Veux, d'l'amour, d'la joie, de la bonne humeur,
Eu quero amor, alegria, bom humor
ce n'est pas votre argent qui f'ra mon bonheur,
NÃO É O DINHEIRO QUE ME TRARÁ FELICIDADE
moi j'veux crever la main sur le coeur
Eu quero morrer com a mão no coração
bienvenue dans ma réalité !
Bem-vindo à minha realidade!
Zaz – Je Veux
Essa é a minha realidade: A simplicidade da vida!
Aquela pergunta que me fizeram, me fez refletir o quanto eu maltratei meu coração, o quanto eu o deixei de lado fazendo que ele não respirasse, sufocando todos os meus sentimentos.
Hoje, alguns dias depois, eu percebi que eu mereço ser feliz e fazer alguém feliz.
Hoje, eu espero e deixo meu coração aberto para as oportunidades (claro, não é qualquer oportunidade), tem que me aceitar do jeito que sou e com o que eu tenho a oferecer materialmente e espiritualmente, mas, estou aberta ao amor, a paixão e a esses sentimentos que sempre me fortaleceram e que sempre foram a minha fonte de inspiração.
Por Alexandra Collazo
29/10/2014

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Atalho para a felicidade (Caminho de pedras e de flores).


  
Atalho para a felicidade
(Caminho de pedras e de flores)
Para a amiga Juliana Junqueira
 
Na vida nós sempre podemos mais, na verdade, o segredo é sempre querermos mais. Temos sempre que querer o melhor, sermos o melhor naquilo que fazemos mesmo com os nossos defeitos. Sempre temos que querer alcançar e chegar no topo, no lugar mais alto da montanha.
 
Esse lugar difere para cada um de nós, afinal, o tamanho da nossa montanha é do tamanho que nós mesmos escolhemos. Cada um de nós sabe exatamente aonde quer chegar e o que ser na vida e então, é nesse momento que temos que correr atrás dos nossos sonhos para realizá-los.

 
O que não podemos fazer é deixar de caminhar, sendo a estrada mais calma, ou, mais curva, sempre temos que seguir em frente. Pedras no caminho sempre iremos encontrar mas, não podemos deixar com que elas nos desanime, pois, pode ter certeza que elas serão muitas e de vários tamanhos, se nos amedrontarmos com as pedras, faremos com que elas passem por cima de cada sonho nosso.

 
Cada um de nós tem um destino, temos que lutar freneticamente e diariamente para chegar onde quereremos e realizar os nossos sonhos e desejos, por este motivo nunca podemos achar que onde estamos está bom, não podemos estacionar na vida, a não ser que você já tenha alcançado o seu objetivo. Se achar que falta alguma coisa vá em busca dessa “coisa”, pois, ela pode ser a cereja do seu doce.

 
Se ainda não alcançamos nosso objetivo, temos que seguir confiantes e saber que sempre podemos fazer melhor, estar em algum lugar melhor, sermos melhores naquilo que fazemos. Temos que buscar nossa evolução espiritual e material e para isso, temos que caminhar em muitas estradas e atalhos diferentes.
 
 
A vida é dura, é complicada, é difícil de viver, principalmente em sociedade, pois, as pessoas são diferentes, com opiniões diversas das nossas, isso é bom, mas, muitas vezes, algumas dessas pessoas são as pedrinhas que encontramos em nosso caminho.
 
 
Temos que ter opinião, personalidade, sermos firmes em nossas decisões, se serão certas é o futuro que irá nos mostrar.
 
 
Quando a maturidade vai chegando com a idade, acabamos pensando mais vezes para tomarmos uma decisão, acabamos deixando aquela impulsividade da adolescência de lado, mais longe de nós, ou, até mesmo esquecida em algum lugar do nosso ser, e com isto, muitas vezes, acabamos ficando estacionados onde estamos, pelo simples medo de conhecer o novo, o desafio que a dúvida e a incerteza nos trás faz com que fiquemos presos no medo do futuro.
   
Ficamos presos em um emprego que já não está nos fazendo bem, que já não é mais aquilo que um dia foi o que queríamos pelo simples fato de acharmos que não iremos encontrar um melhor, ou, que não vão nos pagar aquilo que queremos e que merecemos, ou, ficamos presos a um relacionamento por pura paura da solidão.
   
É certo, claro, que a impulsividade nos faz muitas vezes quebrar a cara, como também, as decisões mais pensadas as vezes não são as melhores, tudo é um risco, o risco do jogo da vida. Temos que ter a impulsividade guardada naquele cantinho da alma onde ficam guardados nossos defeitos e temos que ir visitá-los de vez em quando. Como já diz nosso grande poeta Oswaldo Montenegro: “Quantos defeitos sanados com o tempo era o melhor que havia em você”.

 Não podemos estacionar por pura comodidade, do contrário, prendemos nosso futuro e nossos sonhos em um presente que já não vai dar em nada.
   
Sempre devemos arriscar, mudar, conhecer o desconhecido e deixar com que o novo nos mostre o futuro que está ali quietinho esperando por nós.
   
Se nós soubéssemos usar a força interna que temos, faríamos muito mais do que fazemos e é nessa força que temos que nos agarrar para seguir em frente, ela é nosso alicerce.
   
 Fernando Pessoa, um dos nossos maiores poetas, já diz em seu poema felicidade:
 
 
 “Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário

 Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas

 Se achar que precisa voltar, volte

 Se perceber que precisa seguir, siga

 Se tudo estiver errado, comece novamente...”
 
 
Fernando Pessoa, neste curto e pequeno poema de palavras simples e singelas, resume o que pra mim é o segredo da felicidade (cada um tem sua opinião sobre a felicidade). Sempre temos que seguir em frente sem ter medo de nos desfazer daquilo que já não nos faz bem, daquilo que estamos acostumados a ter e que achamos que é o melhor para nós. Muitas vezes, já não é mais amor e sim, apenas o costume de ter a posse daquilo que estamos acostumados a ter todos os dias, mas que no fundo, já não nos faz mais seguir em frente.
   
Se um dia você pensou em deixar algo para trás, certamente, é porque já não te faz feliz. Quando estamos felizes, não pensamos em deixar nada para trás, não pensamos em nos desfazer de nada ou de alguém. Aquilo que nos faz feliz, nos eleva.
   
Temos que caminhar livres, leves, sem muitos pesos nas costas. Já carregamos nossos traumas, nossas lembranças, as dores de amores, algumas decepções que nos marcam, as alegrias, as tristezas, as perdas, as conquistas... Coisas que sempre irão nos seguir, sempre irão nos acompanhar, pois, existem coisas, situações, pessoas que são inesquecíveis e que sempre seguirão com a gente. A estrada já é longa demais, tem muitas curvas, pode ser densa, pode ser estreita ou larga, nunca sabemos, se levarmos muito peso não conseguiremos chegar ao nosso destino, nossa história ficará pesada demais.
 
  Livre-se daquilo que não te faz bem e comece por hoje, por agora, nesse minuto e você vai ver como conseguirá seguir mais leve, mais tranquilo por seu caminho de pedras e de flores.
 Por Alexandra Collazo

sábado, 23 de agosto de 2014

Nel frattempo io scrivo l’amore (Enquanto isso eu escrevo o amor)



Nel frattempo io scrivo l’amore
(Enquanto isso eu escrevo o amor)
  
Refazendo alguns passos da minha vida e também no jeito com que eu tratei alguns amores que fizeram parte da minha trajetória, pude perceber o quanto me entreguei para esses amores, pude ver também que, para alguns, pude até ter sido um pouco relapsa.

Eu sempre fui uma mulher intensa nos sentimentos. Eu não sou uma mulher de pouco, sou uma mulher de muito. Pouco amor para mim não importa, ou é muito amor, ou não é nada!

Conforme eu fui refazendo cada passo desses meus amores passados, veio a tona algumas cicatrizes que já estão curadas, mas, que continuam aqui como tatuagem, que fazem parte de mim e que contam a minha história.

Analisando essas cicatrizes acabei descobrindo a causa desses ferimentos. Me entreguei demais, amei demais, enlouqueci demais, vivi intensamente o sentimento que chamo de amor e paguei um preço por isso. As cicatrizes do amor.

Por este motivo, em uma certa época eu me afastei do amor, me isolei em um mundo só meu, no qual, não deixava ninguém se aproximar. Um retiro meu com meu coração.

Foi um longo espaço de tempo entre eu, meus sentimentos e meu coração.

Mesmo com tantas dores de amor, nunca deixei de acreditar no amor. Ele sempre foi a fonte da minha inspiração, minha maior e melhor esperança.

O amor não me deixou só cicatrizes. O amor também me proporcionou grandes, lindos e inesquecíveis momentos. Sem dúvida, estaria sendo injusta se dissesse só o contrário.

Hoje, tenho guardado ainda dentro de mim, um amor que não tem tamanho, um sentimento que transborda uma vontade imensa de se doar, de se mostrar, de se fazer ver e sentir.

Ele está aqui, guardado e só será demonstrado para quem realmente o merecer, quem estiver disposto a recebê-lo, quem estiver disposto a ultrapassar qualquer barreira para tê-lo, pois, o meu amor é assim, intenso, vivo e ultrapassa qualquer barreira e para ele, não há fronteiras.

Enquanto ele está aqui, guardado, apenas esperando o momento e a pessoa certa, eu vou caminhando. Eu, meu coração e um amor e, lá no fundo da minha alma, sei que um dia o destino irá fazer a sua parte e enquanto isso...

Enquanto isso eu vou vivendo e escrevendo o amor!


Por Alexandra Collazo.

domingo, 17 de agosto de 2014

O Livro da vida – A história de cada um!


O Livro da vida – A história de cada um!
 Se seu eu pudesse mudar algumas atitudes do passado, se eu pudesse corrigir alguns erros cometidos por ingenuidade, por insegurança, por medo...há! Se eu pudesse...

Sabe o que eu faria se realmente eu pudesse voltar no tempo e corrigir alguns erros?

Não faria exatamente nada!

Deixaria tudo como está e como foi, pois, foi por conta desses erros que me tornei a pessoa que sou hoje, experiente para viver os dias atuais e inexperientes para viver os dias futuros.

Ninguém é tão sábio na vida! Somos todos aprendizes dessa imensa escola.

Cada dia que vivemos é um aprendizado, cada passo que damos é um tropeço para o acerto, cada escolha feita nos leva a um lugar desconhecido com muitos desafios.

Viver é um desafio! A vida é um desconhecido que temos que conhecer a cada segundo, a cada hora e a cada dia que vivemos. Vamos aprendendo a caminhar, seguindo os nossos próprios passos, nossas próprias intuições.

É certo que esse desconhecido nos põe à prova diariamente, sem piedade e sem dó.

Quando nascemos não sabemos nada da vida, mas, a cada dia vivido vamos construindo nossa própria personalidade e, independente da criação que temos, somos distintos um dos outros, somos pessoas diferentes, com pensamentos não iguais, gostos desiguais.

Conforme os dias e os anos passam, vamos percebendo os defeitos que temos que acertar, vamos endireitando as linhas tortas, os contornos da nossa vida e, sempre tiramos uma lição com cada erro cometido e sempre aprendemos algo com os desenganos e os encontros e desencontros dessa vida.

Viver não é nada fácil, as dores existem, as cicatrizes estão ali igual tatuagem para nos fazer lembrar sempre daquela experiência de vida e, são nessas cicatrizes que nos baseamos quando temos que tomar uma decisão, como se fossem nosso alicerce!

Difícil também, é esquecer tudo aquilo que um dia foi vivido, sentido, falado e, não estou falando só do amor, da vida a dois, falo também da VIDA, de seus acontecimentos, do dia a dia, da rotina da vida diária.

A vida não é assim tão fácil como estamos acostumados a ler em frases de efeito. Eu não acredito em frases otimistas, eu prefiro a realidade, ela sim, anda do meu lado.

O que não podemos é nos acostumar com a situação, seja ela qual for! Se não está bom, ou tente melhorar ou então desista. E não pense que porque desistiu você é covarde. NUNCA! Você estará fazendo o melhor para sua vida e ponto final!

Decisão tomada erga a cabeça, siga em frente e não olhe para trás.

Só vale olhar para trás se for para ver um novo dia nascer, do contrário, esqueça tudo que ficou lá no seu passado, ou, se não der para esquecer (porque existem SIM, coisas e pessoas inesquecíveis), as guarde com carinho e quando sentir saudade é válido abrir o baú do tempo do teu coração e reviver algumas lembranças e até chorar para poder lavar a alma.

Todos nós temos nossas lembranças, cada um de nós tem o seu próprio passado, sua própria história para contar e é por esse motivo, que cada pessoa, cada ser humano pensa de uma forma diferente, tem uma opinião distinta sobre as coisas, sobre o futuro, sobre a vida e sobre VIVER.

Tudo passa! As dores passam, as feridas cicatrizam, as alegrias são passageiras, momentos felizes também, os amores vêm e vão...

O que fica para nós, são apenas as lembranças, as fotografias, as paisagens, o gosto de um beijo, o aperto de um abraço, o som de um sorriso e, é isso que faz com que nossa vida tenha sentido, pois, se temos lembranças é porque soubemos viver, tivemos um passado e com isto, construímos nossa história, mesmo que ainda haja páginas em branco a serem escritas...

A cada dia vivido é uma linha que escrevemos, um parágrafo ou apenas, uma letra, mas, as páginas devem ser preenchidas com as mais fantásticas histórias, com as mais tristes histórias de amor, com as mais belas histórias de amor, COM A NOSSA HISTÓRIA!

Nossa história é a mais linda de todas, afinal, é a nossa história.

Só quem a escreveu sabe da importância de cada linha, cada página.

Só quem a escreveu sabe a sensação de lembrar daqueles dias, da vontade que dá de reviver tudo novamente, de ouvir as músicas que marcaram aqueles momentos e aquela época.

Só quem escreveu sabe a vontade que dá de voltar naqueles lugares, retornar para aquela viagem, de viver tudo novamente.

Por isso, temos que ter sim nossa trilha sonora, nossos lugares preferidos para ir quando estamos solitários, cansados, tristes e até felizes.

Temos que ter aquele lugar preferido para fazer as comemorações das nossas vitórias.

Temos que VIVER para podermos preencher nosso livro e depois, amanhã, quando pegarmos para ler os capítulos, ficarmos orgulhosos de tudo que passamos, de todas as lágrimas derramadas e das vitórias conquistadas.

Rirmos das situações engraçadas, das noites com os amigos, da saudade dos amores da juventude e, saber que tudo aquilo foi bem vivido, bem aproveitado, mas, ficou no passado! Onde tem que estar!

O nosso livro da vida é o nosso maior bem, que deve ser guardado com carinho.

Saibamos que todas as páginas devem ser preenchidas, pois, elas possuem exatamente o número de páginas que cada um de nós deve escrever!

Se um dia você deixar de escrever nas páginas do seu livro, é porque desistiu de viver antes do tempo e então, você não deixará o seu legado completo!


Por Alexandra Collazo