Atalho para a felicidade
(Caminho de pedras e de
flores)
Para a amiga Juliana Junqueira
Na
vida nós sempre podemos mais, na verdade, o segredo é sempre querermos mais.
Temos sempre que querer o melhor, sermos o melhor naquilo que fazemos mesmo com
os nossos defeitos. Sempre temos que querer alcançar e chegar no topo, no lugar
mais alto da montanha.
Esse lugar difere para cada um de nós, afinal,
o tamanho da nossa montanha é do tamanho que nós mesmos escolhemos. Cada um de
nós sabe exatamente aonde quer chegar e o que ser na vida e então, é nesse
momento que temos que correr atrás dos nossos sonhos para realizá-los.
O que não podemos fazer é deixar de caminhar,
sendo a estrada mais calma, ou, mais curva, sempre temos que seguir em frente.
Pedras no caminho sempre iremos encontrar mas, não podemos deixar com que elas
nos desanime, pois, pode ter certeza que elas serão muitas e de vários
tamanhos, se nos amedrontarmos com as pedras, faremos com que elas passem por
cima de cada sonho nosso.
Cada um de nós tem um destino, temos que lutar
freneticamente e diariamente para chegar onde quereremos e realizar os nossos
sonhos e desejos, por este motivo nunca podemos achar que onde estamos está
bom, não podemos estacionar na vida, a não ser que você já tenha alcançado o
seu objetivo. Se achar que falta alguma coisa vá em busca dessa “coisa”, pois,
ela pode ser a cereja do seu doce.
Se ainda não alcançamos nosso objetivo, temos
que seguir confiantes e saber que sempre podemos fazer melhor, estar em algum
lugar melhor, sermos melhores naquilo que fazemos. Temos que buscar nossa
evolução espiritual e material e para isso, temos que caminhar em muitas
estradas e atalhos diferentes.
A vida é dura, é complicada, é difícil de
viver, principalmente em sociedade, pois, as pessoas são diferentes, com
opiniões diversas das nossas, isso é bom, mas, muitas vezes, algumas dessas
pessoas são as pedrinhas que encontramos em nosso caminho.
Temos que ter opinião, personalidade, sermos
firmes em nossas decisões, se serão certas é o futuro que irá nos mostrar.
Quando a maturidade vai chegando com a idade,
acabamos pensando mais vezes para tomarmos uma decisão, acabamos deixando
aquela impulsividade da adolescência de lado, mais longe de nós, ou, até mesmo
esquecida em algum lugar do nosso ser, e com isto, muitas vezes, acabamos
ficando estacionados onde estamos, pelo simples medo de conhecer o novo, o
desafio que a dúvida e a incerteza nos trás faz com que fiquemos presos no medo
do futuro.
Ficamos presos em um emprego que já não está
nos fazendo bem, que já não é mais aquilo que um dia foi o que queríamos pelo
simples fato de acharmos que não iremos encontrar um melhor, ou, que não vão
nos pagar aquilo que queremos e que merecemos, ou, ficamos presos a um
relacionamento por pura paura da solidão.
É certo, claro, que a impulsividade nos faz
muitas vezes quebrar a cara, como também, as decisões mais pensadas as vezes
não são as melhores, tudo é um risco, o risco do jogo da vida. Temos que ter a
impulsividade guardada naquele cantinho da alma onde ficam guardados nossos
defeitos e temos que ir visitá-los de vez em quando. Como já diz nosso grande
poeta Oswaldo Montenegro: “Quantos defeitos sanados com o tempo era o melhor
que havia em você”.
Não
podemos estacionar por pura comodidade, do contrário, prendemos nosso futuro e
nossos sonhos em um presente que já não vai dar em nada.
Sempre devemos arriscar, mudar, conhecer o
desconhecido e deixar com que o novo nos mostre o futuro que está ali quietinho
esperando por nós.
Se nós soubéssemos usar a força interna que
temos, faríamos muito mais do que fazemos e é nessa força que temos que nos
agarrar para seguir em frente, ela é nosso alicerce.
Fernando Pessoa, um dos nossos maiores poetas,
já diz em seu poema felicidade:
Alague seu coração de esperanças, mas não
deixe que ele se afogue nelas
Se achar que precisa voltar, volte
Se perceber que precisa seguir, siga
Se tudo estiver errado, comece novamente...”
Fernando
Pessoa, neste curto e pequeno poema de palavras simples e
singelas, resume o que pra mim é o segredo
da felicidade (cada um tem sua opinião sobre a felicidade). Sempre temos que
seguir em frente sem ter medo de nos desfazer daquilo que já não nos faz bem,
daquilo que estamos acostumados a ter e que achamos que é o melhor para nós.
Muitas vezes, já não é mais amor e sim, apenas o costume de ter a posse
daquilo que estamos acostumados a ter todos os dias, mas que no fundo, já não
nos faz mais seguir em frente.
Se um dia você pensou em deixar algo para
trás, certamente, é porque já não te faz feliz. Quando estamos felizes, não
pensamos em deixar nada para trás, não pensamos em nos desfazer de nada ou de
alguém. Aquilo que nos faz feliz, nos eleva.
Temos que caminhar livres, leves, sem muitos
pesos nas costas. Já carregamos nossos traumas, nossas lembranças, as dores de
amores, algumas decepções que nos marcam, as alegrias, as tristezas, as perdas,
as conquistas... Coisas que sempre irão nos seguir, sempre irão nos acompanhar,
pois, existem coisas, situações, pessoas que são inesquecíveis e que sempre
seguirão com a gente. A estrada já é longa demais, tem muitas curvas, pode ser
densa, pode ser estreita ou larga, nunca sabemos, se levarmos muito peso não
conseguiremos chegar ao nosso destino, nossa história ficará pesada demais.
Livre-se daquilo que não te faz bem e comece
por hoje, por agora, nesse minuto e você vai ver como conseguirá seguir mais
leve, mais tranquilo por seu caminho de pedras e de flores.
Por Alexandra Collazo
Todos os momentos, um recomeço!
ResponderExcluirBelíssimo texto, amiga talentosa! Me emocionou!
Bjins literários,
Simone Guerra
Muito obrigada pelo comentário, Si!
ExcluirA vida é um recomeço diário!
Beijos!
Alexandra Collazo.
Uma ótima composição! Muito bem escrita. Reflexão longa, lenta e profunda, me ajudou bastante...
ResponderExcluirParabéns, Alexandra.
Bom dia, Fábio!
ExcluirBom tê-lo aqui, seja bem vindo sempre que quiser.
Obrigada e fico feliz que o meu texto tenha te ajudado.
Escrever algo e saber que o outro se identificou, é muito gratificante para mim como escritora.
Abraços!
Alexandra Collazo.
Oi Alexandra,
ResponderExcluirLi e adorei. Aliás, impossível não gostar ou sair incólume do seu texto. É de uma beleza ímpar, e ao optar por palavras simples - mas sinceras, nos atinge profundamente. E nos faz ficar repensando nossos valores e prioridades. Sempre pensei que o papel da Arte é esse, ou seja, nos provocar reflexões. Nesse sentido é sem sombra de variação - uma Artista, pois provoca isso em nós; essa reflexão como aquela chuva serôdia de um fim de tarde inesperado - que nos alivia a alma.
Obrigado por ter compartilhado isso conosco!
Marcelo, que honra tê-lo aqui. Sinta-se sempre muito a vontade no meu blog!
ResponderExcluirObrigada pelas palavras de carinho. Fico feliz quando as pessoas se identificam com o que eu escrevo, afinal, esse é o objetivo da minha escrita, escrever para os outros!
Obrigada mais uma vez!
Beijos!