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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Atalho para a felicidade (Caminho de pedras e de flores).


  
Atalho para a felicidade
(Caminho de pedras e de flores)
Para a amiga Juliana Junqueira
 
Na vida nós sempre podemos mais, na verdade, o segredo é sempre querermos mais. Temos sempre que querer o melhor, sermos o melhor naquilo que fazemos mesmo com os nossos defeitos. Sempre temos que querer alcançar e chegar no topo, no lugar mais alto da montanha.
 
Esse lugar difere para cada um de nós, afinal, o tamanho da nossa montanha é do tamanho que nós mesmos escolhemos. Cada um de nós sabe exatamente aonde quer chegar e o que ser na vida e então, é nesse momento que temos que correr atrás dos nossos sonhos para realizá-los.

 
O que não podemos fazer é deixar de caminhar, sendo a estrada mais calma, ou, mais curva, sempre temos que seguir em frente. Pedras no caminho sempre iremos encontrar mas, não podemos deixar com que elas nos desanime, pois, pode ter certeza que elas serão muitas e de vários tamanhos, se nos amedrontarmos com as pedras, faremos com que elas passem por cima de cada sonho nosso.

 
Cada um de nós tem um destino, temos que lutar freneticamente e diariamente para chegar onde quereremos e realizar os nossos sonhos e desejos, por este motivo nunca podemos achar que onde estamos está bom, não podemos estacionar na vida, a não ser que você já tenha alcançado o seu objetivo. Se achar que falta alguma coisa vá em busca dessa “coisa”, pois, ela pode ser a cereja do seu doce.

 
Se ainda não alcançamos nosso objetivo, temos que seguir confiantes e saber que sempre podemos fazer melhor, estar em algum lugar melhor, sermos melhores naquilo que fazemos. Temos que buscar nossa evolução espiritual e material e para isso, temos que caminhar em muitas estradas e atalhos diferentes.
 
 
A vida é dura, é complicada, é difícil de viver, principalmente em sociedade, pois, as pessoas são diferentes, com opiniões diversas das nossas, isso é bom, mas, muitas vezes, algumas dessas pessoas são as pedrinhas que encontramos em nosso caminho.
 
 
Temos que ter opinião, personalidade, sermos firmes em nossas decisões, se serão certas é o futuro que irá nos mostrar.
 
 
Quando a maturidade vai chegando com a idade, acabamos pensando mais vezes para tomarmos uma decisão, acabamos deixando aquela impulsividade da adolescência de lado, mais longe de nós, ou, até mesmo esquecida em algum lugar do nosso ser, e com isto, muitas vezes, acabamos ficando estacionados onde estamos, pelo simples medo de conhecer o novo, o desafio que a dúvida e a incerteza nos trás faz com que fiquemos presos no medo do futuro.
   
Ficamos presos em um emprego que já não está nos fazendo bem, que já não é mais aquilo que um dia foi o que queríamos pelo simples fato de acharmos que não iremos encontrar um melhor, ou, que não vão nos pagar aquilo que queremos e que merecemos, ou, ficamos presos a um relacionamento por pura paura da solidão.
   
É certo, claro, que a impulsividade nos faz muitas vezes quebrar a cara, como também, as decisões mais pensadas as vezes não são as melhores, tudo é um risco, o risco do jogo da vida. Temos que ter a impulsividade guardada naquele cantinho da alma onde ficam guardados nossos defeitos e temos que ir visitá-los de vez em quando. Como já diz nosso grande poeta Oswaldo Montenegro: “Quantos defeitos sanados com o tempo era o melhor que havia em você”.

 Não podemos estacionar por pura comodidade, do contrário, prendemos nosso futuro e nossos sonhos em um presente que já não vai dar em nada.
   
Sempre devemos arriscar, mudar, conhecer o desconhecido e deixar com que o novo nos mostre o futuro que está ali quietinho esperando por nós.
   
Se nós soubéssemos usar a força interna que temos, faríamos muito mais do que fazemos e é nessa força que temos que nos agarrar para seguir em frente, ela é nosso alicerce.
   
 Fernando Pessoa, um dos nossos maiores poetas, já diz em seu poema felicidade:
 
 
 “Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário

 Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas

 Se achar que precisa voltar, volte

 Se perceber que precisa seguir, siga

 Se tudo estiver errado, comece novamente...”
 
 
Fernando Pessoa, neste curto e pequeno poema de palavras simples e singelas, resume o que pra mim é o segredo da felicidade (cada um tem sua opinião sobre a felicidade). Sempre temos que seguir em frente sem ter medo de nos desfazer daquilo que já não nos faz bem, daquilo que estamos acostumados a ter e que achamos que é o melhor para nós. Muitas vezes, já não é mais amor e sim, apenas o costume de ter a posse daquilo que estamos acostumados a ter todos os dias, mas que no fundo, já não nos faz mais seguir em frente.
   
Se um dia você pensou em deixar algo para trás, certamente, é porque já não te faz feliz. Quando estamos felizes, não pensamos em deixar nada para trás, não pensamos em nos desfazer de nada ou de alguém. Aquilo que nos faz feliz, nos eleva.
   
Temos que caminhar livres, leves, sem muitos pesos nas costas. Já carregamos nossos traumas, nossas lembranças, as dores de amores, algumas decepções que nos marcam, as alegrias, as tristezas, as perdas, as conquistas... Coisas que sempre irão nos seguir, sempre irão nos acompanhar, pois, existem coisas, situações, pessoas que são inesquecíveis e que sempre seguirão com a gente. A estrada já é longa demais, tem muitas curvas, pode ser densa, pode ser estreita ou larga, nunca sabemos, se levarmos muito peso não conseguiremos chegar ao nosso destino, nossa história ficará pesada demais.
 
  Livre-se daquilo que não te faz bem e comece por hoje, por agora, nesse minuto e você vai ver como conseguirá seguir mais leve, mais tranquilo por seu caminho de pedras e de flores.
 Por Alexandra Collazo

6 comentários:

  1. Todos os momentos, um recomeço!
    Belíssimo texto, amiga talentosa! Me emocionou!
    Bjins literários,
    Simone Guerra

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    Respostas
    1. Muito obrigada pelo comentário, Si!

      A vida é um recomeço diário!

      Beijos!

      Alexandra Collazo.

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  2. Uma ótima composição! Muito bem escrita. Reflexão longa, lenta e profunda, me ajudou bastante...
    Parabéns, Alexandra.

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    1. Bom dia, Fábio!

      Bom tê-lo aqui, seja bem vindo sempre que quiser.

      Obrigada e fico feliz que o meu texto tenha te ajudado.

      Escrever algo e saber que o outro se identificou, é muito gratificante para mim como escritora.

      Abraços!

      Alexandra Collazo.

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  3. Oi Alexandra,

    Li e adorei. Aliás, impossível não gostar ou sair incólume do seu texto. É de uma beleza ímpar, e ao optar por palavras simples - mas sinceras, nos atinge profundamente. E nos faz ficar repensando nossos valores e prioridades. Sempre pensei que o papel da Arte é esse, ou seja, nos provocar reflexões. Nesse sentido é sem sombra de variação - uma Artista, pois provoca isso em nós; essa reflexão como aquela chuva serôdia de um fim de tarde inesperado - que nos alivia a alma.

    Obrigado por ter compartilhado isso conosco!

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  4. Marcelo, que honra tê-lo aqui. Sinta-se sempre muito a vontade no meu blog!

    Obrigada pelas palavras de carinho. Fico feliz quando as pessoas se identificam com o que eu escrevo, afinal, esse é o objetivo da minha escrita, escrever para os outros!

    Obrigada mais uma vez!

    Beijos!

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