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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O Sentir – Atalhos do Coração!


O Sentir – Atalhos do Coração!
Às vezes por muitas horas paro e começo a refletir sobre os sentimentos!
Durante todo o dia vivemos carregados por sentimentos, sejam eles de raiva, de ansiedade, de mágoa, dor, paixão, amor e o pior deles, a saudade!
Somos movidos a sentimentos. Tudo que sentimos nos move e nos faz seguir em frente, sempre!
A vida é um grande e imenso sentir, precisamos desses sentimentos para viver, caminhar, falar, chorar, rir, escrever e por aí vai.
Mas hoje, neste momento, eu parei para pensar no sentimento que invade minha alma bem lá no fundo e me trás lembranças, momentos e recordações de um tempo, de alguns minutos e algumas horas que eu vivi.
Estou falando da saudade! O sentimento que eu menos gosto, que mais me faz mal, aquele sentimento que me leva às lágrimas incontidas, me leva a escrever de uma forma melancólica, triste e um tanto depressiva.
Infelizmente, existem dois tipos de saudades. A saudade que você pode “matar” e a saudade que te mata.
A diferença entre as duas é uma verdade simples e concreta.  A saudade que você pode “matar” é aquele sentimento de saudade prazeroso, que você sabe que daqui alguns dias ou horas poderá estar do lado da pessoa que te proporcionou tantos momentos bons e que te inspirou a sentir saudades do beijo, do carinho, do colo, do olhar e do principal, do abraço.
A saudade que eu sinto, claro não poderia ser diferente comigo, é aquela saudade que te mata por dentro, que corrói todas as suas veias, os pensamentos, os sentidos. Aquela saudade que aperta o peito e vai apertando, apertando até que você perca todo o ar contido em sua volta. É quando a saudade sufoca as palavras, os pensamentos e o coração.
Então, o sentimento piora quando me dou conta de que a saudade que eu sinto infelizmente, não é a saudade prazerosa, aquela que eu posso “matar”, pois, sei que vou ter que me conter apenas com as lembranças e sentir o gosto daquele beijo e a presença forte e marcante daquele abraço quente que me tiraram o chão por alguns momentos.
Tudo começa e se deteriorar em meu corpo quando tenho a certeza de que não posso ligar, falar ou qualquer coisa do gênero... é tudo tão estranho...
Começo a pensar  o porque dessa saudade e analisando alguns casos do passado, eu percebi que tenho a capacidade de afastar as pessoas de perto de mim, de deixa-las ir embora sem alguma explicação, sem ao menos um motivo concreto.
Tento achar respostas e até que consigo fazer uma análise sozinha, fora do divã da minha terapia e, acabei chegando a uma conclusão até que plausível para essa situação.
Minha autossuficiência!!!
Eu sempre fui uma mulher livre, sem impedimentos, dona dos meus objetivos, da minha vida, das minhas decisões, do meu nariz que muitos sempre dizem ser empinados demais e isso me tornou autossuficiente para viver.
 Não que eu não precise de ninguém para viver, ninguém vive sozinho, mas, o que quero dizer, é que nunca precisei de ninguém do meu lado para caminhar comigo e opinar e me ajudar a tomar decisões.
Diante disto, eu acabei me tornando uma mulher fria, talvez até calculista olhando por outro ângulo com relação ao amor, a sentimentos e a vida a dois.
Para mim, se a pessoa quer me ver, ótimo, se não quer, tudo bem! Continuo seguindo meu caminho tranquilamente.
Não vou atrás, não ligo, finjo que não tenho sentimentos e assim, me protejo de qualquer arranhão que possam me fazer. Digo arranhão porque para um homem me ferir de verdade, tem que ser o HOMEM!
Não tenho dúvidas de que esse meu jeito, essas atitudes afastam as pessoas, pois, dou a impressão de que não preciso delas do meu lado para nada, tendo em vista, que sempre segui sozinha. Claro que com isto, qualquer ser humano que tenta se aproximar se apavora e vai embora. Ninguém gosta de viver sem carinho, inclusive eu!
Contraditório, não? Mas verdadeiro!
Eu não era assim! Me tornei assim depois de tantos ferimentos, o que me tornou mais forte e hoje, tenho bem guardado apenas uma agulha e uma linha para costurar os pequenos atalhos que se desfazem no meu coração. Costuro e pronto, logo está bom novamente, como se estivesse novo.
O que procuro entender, é  esse sentimento de saudades que hoje teimar em me seguir, uma saudade que há tanto não sentia e que por um lado, pode ser bom, pois, pode ser que hoje eu esteja retornando a vida dos sentimentos, mas, por outro, pode ser meu maior pesadelo.
Não era para ter sido assim, era para ter sido diferente. E não adianta ficar pensando que se não era para ser não era. Essa frase já está mais que calada em mim. Sempre tenho que utilizá-la e aceitar as coisas sentimentais com facilidade, pois, não dependo de ninguém mesmo.
Sinto que novamente, deixei escapar por entre meus dedos a felicidade, ou, uma possível felicidade e é por este motivo, que sinto essa saudade, esse sentimento que invade minha alma e que eu gostaria muito que fosse a saudade que eu pudesse matar, mas, não é!
Como de costume, vou vivendo, até que esse sentimento passe como sempre e, mais uma noite, deitarei em minha cama sozinha!
Por Alexandra Collazo!

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