Hoje me recordo dos meus anos
passados, daquele tempo em que eu conseguia demonstrar meus sentimentos e por
conseqüência, me sentia mais leve e mais solta para expressá-los.
Era uma época em que tudo era
mais fácil de ser entendido e compreendido.
Hoje, depois de tantos anos,
percebo como a vida foi cruel comigo, pois, ela conseguiu me mudar por
completo.
Tudo que vivi, todos os fatos
que aconteceram, amores vividos pela metade, outros, apenas com intensidade,
outros inesquecíveis e outros que nem me lembro mais.
Cada experiência, cada
pedacinho de vida que eu vivi foram grandes experiências e não tenho dúvidas
que essas experiências me fizeram a pessoa que sou hoje, não digo melhor do que
antes, apenas, mais experiente.
O problema é que acabei me
tornando uma pessoa fria, auto-suficiente até demais e ainda não descobri até
que ponto isso é bom ou ruim.
Aos poucos, percebi que me
tornei uma pedra por dentro e não importa o que digam ou façam, sei que hoje
ninguém pode me segurar, sou dona de mim e das minhas decisões. Aprendi a me
virar e viver sozinha.
Hoje as palavras calam meus
sentimentos em uma vontade vä de serem ouvidas, mas, assim como podo meu
jardim, podo minhas palavras para que elas não falem o que não deve ser dito.
Percebi ao longo desses anos
que é mais fácil e mais seguro manter a pose, pois, as pessoas hoje não querem
ser amadas e sim, apenas desejadas e foi dessa forma que aprendi a dançar
conforme a música.
Por Alexandra Collazo
Sou dona de mim e da minhas decisões.... Impecável crônica, amiga linda talentosa!
ResponderExcluirSempre nos brindando com encantamentos de frases que te instigam a repensar a vida.
Parabéns!
Bjins literários,
Simone Guerra
Si, querida amiga do peito e da alma...
ExcluirObrigada pelos comentários!
Beijos!
Alexandra Collazo.
Parece mentira. Aos 72 anos, ainda não me encontrei. Verdade, a gente se torna mais fria. Será que não será aí, nessa encruzilhada que me perdi, e nem procuro me encontrar. Vou vagando pelos desertos dessa vida. Vou chegando e partindo. Daqui da minha janela vou observando os passantes. São muio singulares e únicos. Mas uma escritora daqui me surpreende muito. Cautelosa. Ela sonega. Sim, sonega-se. Ela costuma dizer, vou postar, porque não entendi. Ora, se posta é porque entende. Não gosto de curtir gente assim: é como ela me dissesse, te segura, te guarda, nós outros pensamos diferentes... Ok então por que eu vou esclarecer o que ela não entendeu e nem interesse tem de entender. Passo. Adelante. O próximo poderá me encantar, essa boba que sou.
ResponderExcluirCom essa sua crônica, parei e escutei, Aprendi um pouco: de mim e do outro. Somos aprendizes. És sábia e desenvolta e não machuca, Seria uma psicóloga e tanto. Das dores da alma. Encontrarei o remédio.
ResponderExcluirBoa noite, Ligia! Como vai?
ExcluirPerdão pela demora em responde-la, mas, acho que meu blog está com problemas, não recebi sua notificação no meu e-mail.
Adorei seu comentário e agradeço muito por ter lido e apreciado a crônica. É uma crônica especial para mim!
Seja sempre bem vinda por aqui quando quiser.
Um grande beijo!
Alexandra Collazo